O XXVII Encontro da Associação Brasileira de Planetários foi realizado em dupla sede: o Museu Ciência e Vida, no município de Duque de Caxias, e o Museu de Astronomia e Ciências Afins, no bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, entre os dias 2 e 6 de dezembro. O evento reuniu planetaristas, pesquisadores, educadores e gestores culturais de todo o país, promovendo o intercâmbio de experiências e o debate sobre estratégias para fortalecer os planetários como ferramentas de democratização do conhecimento e inclusão social.
“Os planetários têm papel crucial na divulgação científica, mas enfrentam muitas dificuldades. Trabalhamos para convencer a população e as autoridades sobre o valor desses espaços, que promovem senso crítico e inclusão. Este evento também marca um ciclo importante, com a eleição de uma nova diretoria, confiantes de que a herança da ABP continuará a fortalecer nossa comunidade”, destacou o presidente da ABP, José Roberto Vasconcelos.
O encontro contou com uma programação que incluiu mesas-redondas, rodas de conversa, mostra de acessibilidade em planetários, palestras, visitas mediadas às exposições do Museu Ciência e Vida, oficinas e visitas técnicas ao planetário, além de proporcionar momentos de integração entre os participantes, consolidando redes de colaboração. O evento marcou também a assembleia geral da associação e a eleição para a nova presidência.
O Museu Ciência e Vida foi elogiado por acolher o público e promover a integração entre arte, ciência e educação de maneira única. “O brilho nos olhos das crianças e jovens quando visitam o planetário é emocionante. Eles são transportados para um mundo que era inimaginável e descobrem que isso está no quintal da casa deles. Nosso objetivo é que o conhecimento discutido aqui reverbere na população, levando mais vida ao lugar onde estamos”, disse Gabriel Seraphim, vice-presidente Científico da Fundação Cecierj, que participou da mesa de abertura.
O encontro destacou a singularidade do planetário do Museu Ciência e Vida, que desde 2015 une ciência e arte ao funcionar também como um espaço teatral. Planetarista e servidora da Fundação Cecierj, Carolina de Assis, refletiu sobre o impacto dessa abordagem: “A arte toca as pessoas de forma diferente, criando conexões que muitas vezes a ciência não alcança sozinha. Nosso objetivo é fazer com que as pessoas se sintam parte do museu, para que ele deixe de ser um espaço distante”
O diretor do Museu de Astronomia e Ciências Afins, Marcio Rangel, ressaltou a relevância do evento e as parcerias institucionais que o tornaram possível: “Este evento é um marco que consolida a retomada de iniciativas da ABP, que consideramos essenciais para a preservação e valorização dos planetários. Nosso compromisso é com a educação e a divulgação científica, reforçando o papel social de nossas instituições”.
Sobre a ABP
A Associação Brasileira de Planetários, fundada em 1996, é uma organização que conecta profissionais e instituições ligadas aos planetários. A missão é promover integração, aperfeiçoamento técnico e valorização desse segmento para a popularização da ciência. O XVII Encontro da ABP celebrou a importância dos planetários no cenário da divulgação científica brasileira.