As ruas do centro histórico de Paraty foram tomadas pelo público na 22ª edição da Flip – Festa Literária Internacional, que aconteceu entre os dias 9 e 13 de outubro. O evento reuniu escritores já consagrados e outros que estão iniciando nesse mundo da literatura, em mesas de debates, lançamentos de livro e muitas atividades. Este ano, a Flip foi especial para o ex-aluno do Cederj, Roger Serait, que embarca no universo da literatura com o primeiro livro, Lua Cheia.
“Participar da FLIP foi uma experiência única e memorável para mim, especialmente por ser a primeira vez como escritor nesse evento tão renomado. Quando recebi a notícia de que poderia participar, minhas expectativas estavam nas alturas, e eu mal podia esperar para vivenciar de perto o que sempre imaginei ser o verdadeiro universo literário. E, de fato, foi um mergulho profundo nesse mundo, repleto de descobertas, encontros e, claro, desafios”, disse Roger, que se formou em Letras, no Polo Piraí.
O grande homenageado desta edição da Flip foi João do Rio, pseudônimo mais famoso de Paulo Barreto (1881-1921), importante escritor do início do século XX no Rio de Janeiro. Para Roger, participar do evento trouxe muitos pontos positivos, como a oportunidade de conhecer outros autores e novos talentos que estão despontando na literatura brasileira, além do contato direto enriquecedor com editoras.
“Foi uma experiência válida, que ampliou meus horizontes e me fez refletir sobre o lugar que quero ocupar nesse vasto universo da escrita. Entendi melhor o funcionamento do mercado editorial, as dinâmicas entre autor, publicação e distribuição. Fiz amizades valiosas com escritores e leitores, algo que me motivou ainda mais a continuar na minha jornada literária. Outro ponto alto foi a chance de dar algumas entrevistas, o que me proporcionou visibilidade e a oportunidade de falar sobre minha obra”, explicou Roger.
Ele também fez algumas reflexões sobre ser um autor iniciante: “Senti na pele a dificuldade de divulgar meu trabalho em um ambiente tão competitivo. A realidade é a vida de um escritor independente ou em início de carreira é repleta de obstáculos. É inegável que o cenário literário brasileiro ainda tem muito a evoluir para que autores iniciantes tenham mais espaço e oportunidades de crescimento. Apesar das dificuldades, participar da FLIP me deu uma nova perspectiva sobre a minha carreira e o caminho que preciso trilhar”.
Aluno formado pelo Cederj
Roger se formou em Letras no Polo Cederj Piraí e disse que “a flexibilidade do ensino, aliada ao suporte oferecido, foi essencial para que chegasse ao fim dessa jornada acadêmica” e que, “mais que uma faculdade, o Cederj ensinou sobre disciplina, superação e a importância de acreditar em si mesmo, mesmo nos momentos mais difíceis”.
“Ser aluno do Cederj foi uma experiência enriquecedora e transformadora na minha vida, proporcionando a chance de cursar uma faculdade, algo que sempre almejei, mas que, por diversos motivos, parecia distante em determinados momentos. Através do sistema de ensino a distância, pude conciliar meus estudos com minhas outras atividades, o que foi um grande diferencial para mim”.
Formado em Letras e psicanálise clínica, Roger conta que enfrentou muitos desafios, especialmente durante o período da pandemia. “Estudar de forma remota, sem poder contar com o apoio presencial de colegas e professores, foi um verdadeiro teste de resiliência. Houve momentos em que pensei em desistir, quando o cansaço e a pressão pareciam insuportáveis. O isolamento imposto pela pandemia tornou tudo mais difícil, e o medo de não conseguir concluir o curso era constante”, comentou Roger, que conclui:
“Apesar dessas dificuldades, permaneci firme e, em várias ocasiões, me lembrava do motivo pelo qual havia começado e do quanto essa conquista significava para mim. Persistir foi a chave, e hoje sou profundamente grato pela oportunidade que o Cederj me deu”.