A Especialização em Educação Especial e Inovação Tecnológica, uma parceria da Fundação Cecierj com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), vai ter uma nova oferta com edital previsto para março. A novidade foi divulgada, neste sábado (22/02), durante o II Seminário de Educação Especial e Inovação Tecnológica, que aconteceu no auditório Professor Bruno Rodrigues de Almeida, no campus da UFRRJ em Nova Iguaçu. O evento marcou a conclusão da segunda turma do curso, que formou mais de mil professores da educação básica, e contou com uma mesa de debate e roda de conversa entre os cursistas.

“Tivemos o menor índice de evasão da história, não apenas do curso, mas também do Brasil, com a conclusão de 1.046 alunos, um número muito expressivo. Nosso índice de evasão é de apenas 25% para EAD, um dado extremamente relevante, já que a literatura científica aponta uma média mínima de 40%, podendo chegar a 77% em cursos autoinstrucionais. Esse resultado se deve, em grande parte, ao trabalho da nossa equipe de tutores e dos nossos cursistas”, disse a coordenadora do curso Márcia Denise Pletsch.

O curso é voltado para profissionais da educação básica e para quem atua em setores de apoio à inclusão e acessibilidade na educação superior, que buscam mais conhecimentos sobre os processos de ensino e aprendizagem de estudantes com deficiência, seja intelectual, física ou sensorial, alunos com transtornos globais do desenvolvimento, com altas habilidades/superdotação ou com múltiplas deficiências.

“Essa é uma área que não apenas nos aprofundamos, mas vivemos, respiramos e amamos. Entendemos que é um caminho, uma entrega dedicada à sociedade”, afirmou o professor João Daniel Gomes de Souza, aluno da segunda turma do curso, que é superintendente de Educação do Estado do Rio de Janeiro e representou a Secretaria de Estado de Educação no evento.

 A iniciativa é pioneira no Estado do Rio de Janeiro, sendo a primeira pós-graduação lato sensu em Educação Especial e Inovação Tecnológica. Até 2022, 100% das vagas em educação especial no estado eram oferecidas pela iniciativa privada. O curso é realizado na modalidade semipresencial e tem carga horária de 420 horas com certificado emitido pela UFRRJ. Desenvolvido no âmbito do projeto “Pesquisas e ações intersetoriais entre educação e saúde na promoção da escolarização e do desenvolvimento de crianças com síndrome congênita do zika vírus”, o é promovido pela parceria entra a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, através da Fundação Cecierj, e a Escola de Extensão da UFRRJ.

“O propósito da Fundação Cecierj é oferecer educação a distância pública e de qualidade. Nosso compromisso, junto com as instituições consorciadas, é educar, ensinar e formar. Antes da pandemia, a educação a distância ainda era uma proposta, uma batalha. Após esse período, tornou-se um fato consolidado, refletido na grande aceitação de nossos cursos. Espero que este seja mais um de muitos cursos de especialização de sucesso nessa parceria entre Cecierj e UFRRJ”, reiterou a vice-presidente de Educação Superior a Distância, Heloísa Furtado.

O II Seminário de Educação Especial e Inovação Tecnológica ainda teve uma homenagem à vice-presidente Heloísa Furtado e à presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), que teve papel relevante, quando ocupava a vice-presidência de Educação da Fundação Cecierj, para a criação do curso.

“Destaco a necessidade crucial da extensão: estar no território, estar presente. A universidade precisa sair de seus muros, descer de seus pedestais e pisar no chão firme do território.  Reconhecemos a importância de áreas, como ciência, tecnologia e conhecimento, mas a educação básica precisa ser discutida e tratada pelas universidades, envolvendo todos os atores no processo de extensão. “, destacou o reitor da UFRRJ, professor Roberto de Souza Rodrigues.