A primeira formatura do CEJA Central do Brasil já seria motivo de emoção, mas o momento se tornou ainda mais especial, pois a escola comemora 20 anos (antes funcionava no Instituto Benjamin Constant, na Urca) e diplomou oito alunos com deficiência visual. A cerimônia aconteceu, nesta terça-feira (19), no auditório da Fundação Cecierj, e celebrou essa conquista tão importante na vida dos alunos, que concluíram os ensinos fundamental e médio.
“Voltei a estudar depois de três décadas e, hoje, estou me formando no ensino médio, pelo CEJA Central do Brasil, e em massoterapia. Eu frequentava a escola, em Angola, mas, com as dificuldades do país, o meu casamento e filhos, parei de estudar. Quando conheci o Instituto Benjamin Constant, por conta de uma reabilitação, após diversas cirurgias, retomei os estudos do ensino fundamental e, depois, o médio”, explica Isabel Ditutala, de 57 anos.
Isabel se formou ao lado de Regina, Matheus e quase 30 estudantes. Como disse o presidente da Fundação Cecierj, João Carrilho, “a Rede CEJA transforma vidas”. “Parabenizo o empenho dos alunos, verdadeiros vencedores, e o trabalho realizado pelas equipes das escolas. É gratificante saber que fomos um ponto de apoio para eles darem mais esse passo. A formatura é um momento de concretização de sonhos”.
A cerimônia contou com a presença do diretor geral da Rede CEJA, Sidney Borges; do diretor do CEJA Central do Brasil, Julio Cesar Santos; da diretora adjunta Raquel Moraes; da secretária escolar Cristiane de Rezende; e da professora de Língua Portuguesa, Maria Helena Machado, representando todos os docentes da escola.
“É superação para todos nós: vocês, alunos, e nós, professores. Todos estão de parabéns e nós aprendemos muito com todos. São muitas dificuldades que vocês passam, para estudar depois do tempo, a família, o trabalho, e nós aprendemos que todas as dificuldades são pequenas perto das que vocês passam para se formar”, destacou Raquel Moraes, que acompanhou toda a instalação da escola, três anos atrás, na sede da Fundação Cecierj.