Museu Ciência e Vida inaugura exposição ‘A independência cabocla’

Em comemoração ao Dia da Baixada, nesta sexta-feira (28/04), o Museu Ciência e Vida, em Duque de Caxias, inaugura a exposição “A independência cabocla – As periferias e o bicentenário”. A mostra é composta por painéis, peças expositivas, como máscaras africanas e cocares indígenas, e peças interativas, como instrumentos musicais e utensílios artesanais. A visitação é de terça a sábado, das 9h às 17h, com entrada gratuita. O Museu Ciência e Vida é administrado pela Fundação Cecierj, vinculada da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, e está localizado na Rua Aílton da Costa, s/nº, Jardim Vinte e Cinco de Agosto.

A exposição foi inicialmente exibida no Museu Vivo do São Bento, também localizado em Duque de Caxias, para a ocasião do bicentenário da independência do Brasil. “Por isso, os destaques são os elementos decoloniais em favor de outra perspectiva dessa história não escrita e da construção de uma identidade nacional de herança africana e indígena, como utensílios, indumentária e instrumentos musicais tradicionais”, explica Rodrigo Soares Monteiro, um dos organizadores da mostra.

Rodrigo, que é geólogo do Museu Ciência e Vida, participou do curso de extensão “Histórias ancestrais”, da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense – UERJ, ministrado pelo professor Nielson Bezerra, curador da mostra ao lado de Andrea Mendes, doutora em História da África. A partir desse contato, a parceria com o Museu Vivo do São Bento foi retomada e foi possível trazer a exposição “A independência cabocla”.

“A mostra foi concebida e provoca um choque de expectativas no público, que traz consigo uma narrativa do processo de independência. Esperamos difundir o questionamento das narrativas coloniais e como o indivíduo periférico é formador da nossa identidade, e de um processo de independência inacabado. Além disso, buscamos expandir as redes de parceria e colaboração com outros agentes culturais da Baixada Fluminense”, afirmou Rodrigo.