O pedagogo Carlos Henrique Patrício, ex-aluno do Polo Cecierj/Cederj de Nova Friburgo, vive um momento de muita expectativa. O seu projeto Escola Humanizada – Acolher, Escutar e Pertencer é um dos doze finalistas da segunda edição do prêmio Professor Transformador do Instituto Significare, concorrendo na categoria Ensino Fundamental I. O trabalho chegou à etapa final com outros 350 selecionados e o resultado será anunciado na Feira de Educação e Tecnologia Bett Brasil 2022, que acontece entre os dias 10 e 13 de maio.

Carlos atua como docente da rede pública de ensino desde 2005, quando concluiu o curso Normal. Ele afirma que a graduação em Licenciatura em Pedagogia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), finalizada em 2016, o ajudou a exercer a profissão de educador no nível que desejava e a mostrar uma nova visão sobre a própria Pedagogia.

“Pensamos que o formato de educação é fechado, o modelo tradicional de sala de aula. O Cederj marcou a minha vida e me trouxe esse olhar de que podemos fazer mais: ensinar e aprender em outros locais, formais e não formais”, disse Carlos, que destaca a acolhida que recebeu no Polo Nova Friburgo, especialmente no período final do curso, quando enfrentou algumas dificuldades.

“Apesar de a graduação ser a distância foi o momento que eu percebi que ela é muito mais presencial do que imaginamos. Apesar de não estar constantemente com aquelas pessoas, e com alguns nem presencialmente, fui acolhido de forma muito significativa e contei com esse apoio para prosseguir”.

Trajetória

Carlos Henrique tem muito orgulho da sua carreira como professor e diz que o maior objetivo da Educação é a formação cidadã, incluindo a proposta de ofertar e oportunizar para os indivíduos a capacidade de consciência crítica engajada, por meio do seu potencial transformador.

Ele tem um histórico de destaque como professor e diretor no EJA, e é coordenador do núcleo da rede Conectando Saberes, em Magé, que agrega docentes que constroem mudanças na Educação Pública no Brasil. Carlos Henrique também é Embaixador da Plataforma Vivescer, do Instituto Península, que oferece cursos e debates para profissionais da área da Educação.

“A gente busca o tempo todo, incansavelmente, se tornar um professor qualificado. Então, acredito que esse objetivo e o Cederj ajudaram a me tornar um profissional melhor. Isso foi o que consegui por meio de todo o processo, dos profissionais que lá estão e estavam na época em que eu estudei no Polo Nova Friburgo”, afirmou.

Incentivo

Oriundo de uma família numerosa, com nove irmãos, poucos recursos, ele contou que o maior incentivo que ele teve para abraçar a carreira de professor veio da família. “Tornar-me educador era um desejo cultivado desde criança. Meus pais, que sempre nos encorajaram, mesmo com todas as dificuldades, acreditavam em termos uma vida melhor estudando. Então, os meus maiores incentivadores para que eu me tornasse um professor, um educador, foram o meu pai e a minha mãe”, afirmou.

Outros prêmios

Contabilizar prêmios ou citações devido a sua atuação no campo pedagógico não é uma novidade para Carlos Henrique no exercício da sua profissão. Em 2018 conquistou o prêmio Professores do Brasil, do MEC. Em 2019, recebeu a premiação Gestão Escolar, devido a sua atuação na rede pública municipal da cidade de Magé. Em 2020, foi agraciado com a menção de reconhecimento pela rede Conectando Saberes, pelo seu projeto Reconstruindo o Contexto de Experiências. Em 2021, recebeu o Prêmio Paulo Freire que foi conferido pela Alerj.