Os alunos dos Centros de Educação de Jovens e Adultos (CEJAs), escolas da rede estadual de ensino do Estado do Rio de Janeiro, vão aprender de forma criativa, na nova oficina oferecida pela Fundação Cecierj, do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Totalmente prática, ‘Robótica’ terá duração de seis semanas dedicadas ao ensinamento de construções de projetos feitos com papelão, lata de refrigerante, palito de sorvete e elástico. As aulas, além destes conceitos de Física, também vão discutir História, Arte, Ciências e Tecnologia. Todos os 57 mil estudantes matriculados na Rede CEJA podem se inscrever, pois não é necessária nenhuma comprovação de conhecimento prévio. As inscrições vão até o dia 6 de novembro e podem ser feitas pela plataforma do aluno.
“A partir da robótica, que vai muito além da programação de robôs, o professor conseguirá tratar o assunto de maneira transversal a outras disciplinas, o que promove um aprendizado muito mais rico. Tenho certeza que essa iniciativa vai despertar o interesse dos alunos pelas áreas ligadas à tecnologia, além de propiciar a troca entre alunos e professores”, destaca a secretária de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria Isabel de Castro de Souza.
A oficina foi pensada a partir de estudos baseados nas grandes revoluções, para mostrar aos alunos como eram diferentes os projetos nesses períodos. O mundo pré-industrial, por exemplo, era basicamente mecânico. A máquina a vapor aparece com a Revolução Industrial e, em um dos momentos do “Robótica”, a proposta é construir objetos mostrando a transformação do calor em energia mecânica. Já em uma segunda etapa da Revolução Industrial, os alunos vão saber o que ocorreu a partir da criação do motor elétrico e, por fim, o conceito ligado à Indústria 4.0, um mundo mais conectado desde a programação à internet.
A iniciativa foi idealizada pelo professor de Física, César Bastos, que também é responsável pelo núcleo de robótica da Escola Técnica Estadual Ferreira Viana, ligada à Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), onde conquistou o prêmio de Gestão de Qualidade ISO, em 2014. “Quero, com essa oficina, desmistificar a Física, Matemática e conceitos que parecem ser difíceis e, por isso, inicio as ações com projetos simples para que os alunos se sintam confortáveis. Quando veem que isso é possível, acabam se animando e estudando mais”, explica.