Stonehenge é um dos maiores enigmas arqueológicos do mundo! O círculo megalítico (isto é, feito de grandes blocos de pedra) foi construído em longas etapas na planície de Salisbury, Inglaterra, há quase 4.600 anos. Seu alinhamento com o sol e a lua é tido como evidência de rituais solsticiais. Mas os construtores de Stonehenge não deixaram registros escritos e, por isso, os cientistas debatem há séculos as origens do monumento.
Na época da construção de Stonehenge, os povos neolíticos da região já haviam abandonado os hábitos nômades e se dedicavam à agricultura. Para levantar o monumento, eles utilizaram dois tipos de rocha, basicamente: (1) lajes de uma rocha azulada, com pintinhas brancas, chamada de diabásio; e (2) enormes blocos (megálitos) de arenito, brancos e brilhantes. Estudos recentes já tinham mostrado que os diabásios foram trazidos das montanhas a oeste do País de Gales (a quase 300 km de distância!); mas a origem desses arenitos ainda era um mistério até julho deste ano.
Em 1958, o monumento passou por restauração e um dos trabalhadores, Robert Phillips, guardou consigo o “testemunho” (amostra cilíndrica) da perfuração de um megálito. Ele pediu que essa amostra fosse devolvida ao local 60 anos depois, na véspera do seu 90o aniversário. Só então os pesquisadores puderam realizar os ensaios que determinam a origem exata daqueles arenitos. Eles examinaram exposições dessa rocha por todo o país, em busca da mesmíssima composição química. Os resultados apontaram para uma área chamada “West Woods”, 25 km ao norte de Stonehenge, encerrando um debate que já durava muitas gerações!
Porém, vários segredos ainda cercam Stonehenge… Por exemplo, por que seus construtores foram buscar blocos de arenito tão longe? Os pesquisadores acreditam que o tamanho era o mais importante — esses blocos têm, em média, 7 metros de altura e 20 toneladas! Estima-se que eles tenham sido transportados sobre rolos. E por que ir atrás dos diabásios onde hoje é o País de Gales? Segundo alguns cientistas, acreditava-se que tais rochas possuíam poderes divinos. Stonehenge seria, assim, tanto um santuário ancestral, quanto um observatório astronômico.
Portanto, a descoberta da área de extração dessas rochas ajuda os cientistas a resolver os enigmas de Stonehenge. O desafio agora é desvendar qual era o caminho feito para transportar esses materiais até o local do monumento. Mesmo assim, o significado de Stonehenge para esses povos neolíticos e sua relação com outras construções da época continuam sendo, para nós, um fascinante mistério.
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Referências
