Olhar para o céu desvendou um mundo de possibilidades. Hoje, ao observarmos as constelações, podemos nos localizar no tempo, por exemplo. Em várias culturas, esse hábito é encontrado.
O etnólogo Curt Nimuendaju registrou como o povo Ticuna fazia essa leitura das estrelas e como isso tinha a ver com a sua organização social. O missionário capuchinho francês Claude d’Abbeville passou quatro meses com famílias tupi-guarani em 1962, no Maranhão, registrando as mesmas relações. A rica iconografia dessas pesquisas é um dos destaques da mostra “Astronomia Indígena – Céu Ticuna e Céu Tupi-Guarani”, que será aberta no dia primeiro de outubro, às 15h, no Museu Ciência e Vida.
Nas viagens de Nimuendaju e d’Abbeville, buscou-se relacionar a vida destes povos, seus costumes e cultura, com a observação feita do céu por eles, a exemplo da trajetória de planetas e satélites, ou das representações desenhadas pelas estrelas e aglomerados. Nos painéis da exposição, o visitante aprende mais sobre a cultura dos Ticuna e dos Tupi-Guarani. Ambas exposições foram realizadas pelo Museu de Astronomia e Ciências Afins – MAST.
Os visitantes do Museu Ciência e Vida ainda podem complementar a visitação com sessões de planetário digital, que mostram o céu conforme visto pela tradição ocidental. Aprendendo sobre a leitura dos céus, descobre-se um pouco mais da cultura e da ciência dos povos. Mais informações sobre a exposição e sobre as sessões de planetário no site www.museucienciaevida.com.br ou pelo telefone 2671-7797
Serviço:
Mostra “Astronomia Indígena – Céu Ticuna e Céu Tupi-Guarani”
Abertura: 01 de outubro, 15h
Local: Museu Ciência e Vida
Rua Ailton da Costa, s/n – Jardim Vinte e Cinco de Agosto, RJ, 25071-160
Telefone:(21) 2671-7797
Gratuito